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Chamado de Cthulhu 🕵 Horror no Expresso do Oriente 🕵 Cartas

  • Foto do escritor: lgapontes
    lgapontes
  • 13 de mai.
  • 4 min de leitura

Este é um material complementar à campanha Horror no Expresso do Oriente, de Chamado de Cthulhu, narrada pelo nosso querido guardião Rodrigo e protagonizada pelos jogadores Fábio, autor das cartas aqui apresentadas, Vicenzo, Marcos Fon e Mafra, amigos do Pega Essa Flecha, e Rê e SirLockee, flecheiros mágicos. Esta campanha foi viabilizada pelo projeto Pega Essa Flecha, disponível no catarse do Flecha Mágica. Conheça o projeto e participe da comunidade que apoia o desenvolvimento de mesas como essa, além de vários outros benefícios.


Capa da Campanha

Guardião: Rodrigo Miranda Jogadores e Personagens:

Jogador

Personagem

Ocupação

Fábio

Joel Antônio de Oliveira e Carvalho

Arqueólogo

Vicenzo

Victor Starius

Engenheiro

Mafra

Oliver Neville

Detetive

Marcos Fon

Stanley Holmes

Cantor Lírico

Renata

Carol

Médica Psiquiatra

SirLockee

Ollie O'Sullivan

Padre


As sessões estão sendo transmitidas na Twitch do Flecha Mágica, com posterior publicação no YouTube.

Overlay da Live

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Cartas

Este material está sendo escrito por Fabio Rodrigues Vieira, um amigo apoiador do Pega Essa Flecha e jogador da campanha. Obrigado pelo capricho Fábio!


Carta 1

Londres, sábado do 6 de janeiro de 1923


Dear Fran,


Fui ao encontro, como tínhamos previamente conversado, ao colega e professor acadêmico de inglês Julius Arthur Smith durante aquela exposição arqueológica no Museu Britânico do doutor Mausley de artefatos achados na América Central, mais precisamente no México sobre as civilizações mesoamericanas, popularmente chamados de Maias ou ainda mais precisamente dos antigos povos Mexicas. 


Sei que devo a ti uma visita juntos ao museu e em específico à esta exposição, mas essa provavelmente será, devo destacar infelizmente, mais uma de minhas promessas não cumpridas nesses tempos maravilhosos de convívio e cumplicidade mútua. 


Voltando ao evento, fui apresentado a outros colegas e associados do doutor Smith em que o mesmo, parece querer que realizemos algum tipo de favor ou missão de estudos que, infelizmente, ficou nublado no ar de acontecimentos... mas chegaremos lá. 


Tais colegas eram primeiramente representados por seu engenheiro Victor Starius que chefiava as reformas de sua casa.  O senhor Starius me pareceu ser um homem bem estranho e de comportamento um tanto volátil. Tínhamos um padre irlandês muito culto chamado Ollie O’Sullivan que, apesar de não me simpatizar com suas crenças como bem sabes, só pelo fato de ser um sacerdote apostólico romano da Irlanda vivendo no centro da Inglaterra já tinha minha simpatia eterna. Também estava o famoso cantor lírico Stanley Holmes de quem tanto tens me falado e que me leva a pensar que tipo de empreitada que o doutor Smith espera de nós para chamar um artista dessa classe. E por último, mas com toda certeza não menos importante, estava o mau encarado Oliver Neville que, ao que parece, é um detetive taciturno que parece saído daqueles livros mistério que me esforço tanto para que goste também. De fato, tal bando de figuras estranhas que nunca se juntaria em outra ocasião parece realmente ter saído todos de tal literatura popular e eu me incluo totalmente neste conceito bizarro. 


No fim, doutor Smith nos convidou para uma apresentação sua em outro dia para que possamos conversar melhor sobre tal favor que o professor quer dessa companhia de homens intrépidos e tão heterogêneo. Ficamos assim no Hotel Bromley, onde iniciei a escrita desta carta para ti, e que fomos muito bem tratados e alocados. Aproveitei para conhecer um pouco mais de meus curiosos novos parceiros que levou ao empréstimo, para o padre O’Sullivan, de minhas anotações sobre as escavações de Ur com o doutor Woolley que, como sabes, é o único material de lá que consegui trazer não sendo confiscado pelo Sheikh Hamoudi ibn Ibrahim para o Museu de Carchemish na Turquia. Entendo a importância dessas anotações que podem ser as únicas informações que saíram de lá além das parcas peças que foram levadas para o Museu Britânico e para a Universidade da Pensilvânia resgatados por nossa querida Katharine Keeling. 


No entanto, o padre O’Sullivan me parece ser alguém de extrema confiança por algum motivo que não sei bem explicar. Acho que finalmente encontrei um sacerdote com aquela aura de conforto e segurança que são tão relatados pelos fiéis que encontrei pelas minhas viagens e que nunca fora correspondido antes por um homem da igreja real. 

Fomos a tal apresentação e não foi nada que nenhum de nós esperava. O acadêmico respeitável de longa carreira sólida professor Smith deu lugar à uma versão sua que faz questionáveis estudos no campo da parapsicologia. Sim... Isso mesmo! O doutor fez todas aquelas apresentações que vemos nos cantos mais escuros de Londres falando sobre navios fantasmas, aparições espectrais de mulheres nas noites em meio à nevoas misteriosas que quase remetiam a mítica Avalon das lendas arturianas. Junto a toda aquela pseudociência digna dos ditos estudiosos de fenômenos do sobrenatural. 

Todos nós indagamos como um acadêmico na posição do professor poderia fazer uma apresentação daquelas e nem digo sobre a veracidade dos relatos. Como um estudioso da arqueologia bíblica sempre estive no meio de mitologias, crenças e da realidade material, mas tal palestra poderia manchar para sempre a reputação do doutor Smith. O que posso concluir apenas é que: ou meu caro colega tem provas irrefutáveis do que está dizendo ou pior... ele acredita que as têm. Não é a primeira vez que vejo homens de extrema inteligência e racionalidade se curvarem para a crença chamando-a de fé. Mas me preocupo que com tais novos interesses do professor, todas as suas descobertas anteriores sejam colocadas, como dizem, no mesmo cesto, e que também caiam em descrença o que pode ser um retrocesso acadêmico sem precedentes.  


Bem... tais questões deverão ficar de lado, por enquanto, pois no tempo em que finalizo essa carta ou diário, com as teclas firmes da máquina de escrever que me destes de presente, soube que o doutor Smith, nosso quase empregador, desapareceu em um incêndio em sua própria casa. Residência ao qual o engenheiro Starius estava chefiando. Tudo parece ser muito sinistro e obscuro sobre tal acontecimento bem como desagradavelmente repentino. Ainda não sei bem o que aconteceu e decidimos investigar. Sim eu e o bando da Agatha Christie em nossa própria versão de O Assassinato de Roger Ackroyd. 


Quando tiver mais informações lhe escreverei novamente. 


Com carinho, Joel.




 
 
 

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Criado por Rê, O'Neill & SirLockee

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